quarta-feira, 3 de novembro de 2010

'Mães de Acari’: sai certidão de morte presumida


Justiça começa a ser feita 20 anos depois

Rio - Vinte anos após a morte de 11 moradores de Acari, em julho de
1990, em Magé, na Baixada Fluminense, foi expedida a primeira certidão
de morte presumida (fato que se considera mesmo sem o corpo) de uma
das vítimas. A família de Viviane Rocha da Silva, na época com 14
anos, foi a primeira a receber o documento.

Parentes de Luiz Carlos Vasconcelos de Deus devem ser os próximos a
receber a mesma certidão. Procedimentos de outras duas vítimas estão
em andamento. Nesses dois casos, o Ministério Público aguarda resposta
do ofício que encaminhou à Delegacia de Homicídios da Baixada
Fluminense (DH-BF) para pedir à Justiça que determine a confecção da
certidão.

“Dessa forma, os parentes podem processar o estado se ainda quiserem
porque é uma prova de que elas foram mortas”, disse o advogado João
Tancredo, que entrou este ano com os pedidos das certidões de morte
presumida na Justiça. A chacina prescreveu este ano sem que os corpos
fossem encontrados e os culpados, punidos. O crime ficou conhecido
como “Mães de Acari” porque as mães das vítimas passaram a investigar
o caso. O crime foi cometido por policiais militares.



POR MARIA INEZ MAGALHÃES

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